Um protesto na Câmara Municipal de Guarapuava foi mobilizado por populares nesta terça-feira (03), pedindo por mais pediatras nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), além de mais leitos em hospitais da cidade.
A manifestação aconteceu depois que uma bebê, de um ano, morreu aguardando em uma UPA por vaga em um hospital. Sofia Emanuele Capote dos Santos morreu em 20 de abril e gerou comoção na cidade.
Guarapuava, de acordo com o último censo do IBGE em 2020, tem 182 mil habitantes.
No entanto, a cidade possui contratados apenas quatro pediatras para atender a população, sendo três deles escalados nas UBSs com agendamento, e um que atende diariamente das 7h às 13h.
Os manifestantes que foram à Câmara afirmam estar preocupados com a falta dos profissionais. Eles também pedem atendimento humanizado nas unidades básicas.
O QUE FALA A PREFEITURA
Por meio de nota, a Prefeitura de Guarapuava informou que as Unidades de Pronto Atendimento seguem o Protocolo de Manchester, que regula o atendimento com base na gravidade do paciente.
“Aquelas crianças que não tiveram o impacto da Covid estão tendo agora o impacto dessas viroses, vírus da gripe, etc, aumento a contingência de atendimento e isso reflete no sistema, que fica sobrecarregado”, diz a nota.
A prefeitura também argumenta que o hospital encontra dificuldades na disponibilização de leitos. A responsabilidade na ampliação da capacidade de atendimento é do Governo do Paraná, já que o hospital é estadual.
Conforme Jonilson Pires, titular da Secretaria Municipal de Saúde, o ideal para Guarapuava é que a cidade tivesse 33 pediatras, sendo um para cada UBS. O secretário salienta que o município encontra dificuldades na contratação de profissionais, porque outras cidades oferecem salários melhores aos médicos.
A prefeitura ressaltou ainda que o valor oferecido na cidade é o praticado pelo mercado.