Um vídeo que circula as redes sociais teria sido o estopim para o afastamento do tenente coronel Joas Carneiro Lins do comando do Batalhão da Polícia Militar de Guarapuava.
O tenente foi visto dançando em um pagode que aconteceu entre a noite de terça-feira (20) e a madrugada desta quarta-feira (21) na cidade. As informações foram reveladas pela Band em rede nacional.
As imagens foram registradas em meio a uma crise institucional da Polícia Militar em Guarapuava, que há 4 dias foi alvo de um feroz ataque de bandidos armados no que está sendo chamado de “novo cangaço”.

Joas é apontado como ineficiente por esposas de policiais que protestaram na manhã desta quinta-feira na frente do quartel. Entre outras pautas, que passam desde a valorização e investimento na polícia, elas pediram também o afastamento do comandante.
O argumento é que a tropa estava se sentindo insegura sob a orientação de Joas, que acabou sendo retirado do posto.
No dia em que houve o ataque, dois policiais ficaram feridos, um deles está internado em estado grave. No quartel haviam poucos policiais, o que favoreceu a ação de 30 criminosos que atacaram o local a tiros, e fecharam as saídas com dois caminhões em chamas.

DECADÊNCIA MORAL
Diante de toda a barra enfrentada pelos praças da PM em Guarapuava, o vídeo do tenente em um pagode representou para os policiais a decadência moral ao qual estão lançando a honra da quase bicentenária polícia paranaense (tem 168 anos).
Enquanto a cidade ainda se recupera do susto, e tem como prioridade a reorganização da polícia militar, a gravação reforçou a crise institucional, e fortaleceu o argumento das mulheres que protestaram nesta manhã.
Para elas, o tenente coronel já não tinha mais condições de estar no comando, e que seus maridos, no caso os policiais, temiam pela vida depois do ataque no domingo, que pegou a cidade totalmente desprevenida e despreparada para esse tipo de ação.