Quem usa o transporte público como principal meio de locomoção em Guarapuava está passando por um verdadeiro teste de paciência. Nesta sexta-feira (17) completam quatro dias da greve dos trabalhadores da Viação Pérola do Oeste, que opera o sistema na cidade.
Diante do impasse entre o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviários em Guarapuava (Sintrar), que representa a categoria, e a empresa, o comércio e o setor de serviços acumula perdas ao longo dos dias de paralisação, e outros trabalhadores que usam os ônibus tentam encontrar meios alternativos de chegar ao serviço.
A prefeitura de Guarapuava reconhece que existe um desequilíbrio financeiro do sistema, e ainda que a tarifa está defasada. A empresa está sendo pressionada a reajustar o salário dos funcionários em 11,08% referente à data-base de novembro do ano passado, mas alega que não tem condições financeiras de atender a reinvindicação.
Além disso, o sindicato também questiona atrasos salariais, carga excessiva de trabalho, e férias atrasadas. Uma série de reuniões entre a prefeitura, vereadores, empresa e representantes do sindicato acontecem para encontrar uma saída e retomar o serviço, que diariamente atende uma média de 13.654 mil passageiros.
LIMINAR
Apesar da paralisação continuar, a Justiça determinou liminarmente a operação mínima da frota, com multa diária de R$ 5 mil em caso de descumprimento. Pela decisão, pelo menos 50% da frota deve circular nos principais horários, e 25% nos demais.
A Pérola do Oeste informou em nota que a medida ainda não foi cumprida pelos grevistas. O Sintrar não se posicionou sobre o assunto, por causa do feriado.
A empresa também mencionou que segue aberta para as negociações, e espera chegar a um acordo ao longo desta sexta-feira (17), na audiência designada em juízo.
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