A Justiça de Cascavel, no oeste do Paraná, determinou a prisão preventiva de Elias da Silva Pires, de 54 anos. Ele é acusado de matar o jovem Ailson Augusto Ortiz, de 22 anos, durante uma briga de trânsito na manhã de quinta-feira (24) no bairro Neva. Depois do crime, ele fugiu de carro.
Segundo a Polícia Civil, Elias Pires disparou ao menos três vezes contra Ailson, que morreu no local. O homem se apresentou na delegacia na tarde de sexta-feira, acompanhado de um advogado. Amigos e familiares do jovem morto protestaram em frente à subdivisão pedindo por justiça.
Elias recebeu voz de prisão, e durante a noite foi levado à Cadeia Pública de Cascavel.
“No momento ali ele pode ter se excedido, sim, mas foi um momento de emoção, um fato que aconteceu no momento que ninguém pode explicar. Ele já tinha conhecimento da expedição do mandado de prisão dele, ele veio prontamente se apresentar, ele quer cumprir uma vez que se encontra abalado diante da situação que ocorreu. A família perdeu um filho, mas em compensação ele também se encontra abalado”, disse o advogado Verli Farias, responsável pela defesa do acusado.
A polícia apreendeu uma pistola calibre 380, que teria sido a arma usada no homicídio. O carro usado pelo autor dos disparos também foi apreendido pela PM ainda na tarde de quinta, e outras três armas estavam no veículo.
Segundo a polícia, o Elias tinha permissão para uso de armas de caça, como atirador, e também para colecionar. A investigação não disse se as armas apreendidas possuem registros.
CASO
Uma câmera de segurança registrou o momento em que o jovem e o atirador discutem. Ailson caminha em direção ao motorista, gesticulando com as mãos, em seguida, o rapaz dá um soco no homem, que rapidamente saca a arma e efetua os disparos.
Na sequência, o atirador embarca em um carro com uma mulher, e foge.
Duas pessoas, que não querem ser identificadas, são testemunhas do crime. Uma delas explica que tentou conversar com o homem, e também, pediu para que ele não disparasse no rapaz. A testemunha contou que foi ameaçada pelo suspeito.
“Eu pedi pra ele ‘senhor, não mata não, não mata não’. Aí ele falou ‘vai sobrar pra você também’. Aí eu corri pra dentro (casa). Acabou as balas, senão ele atirava, eu acho, ele ia me atirar. Pensei de correr em cima, segurar ele, mas daí falei não vou fazer isso”, disse em entrevista à RPC TV de Cascavel.
